AREA 296 26 de outubro, 2022

Qual o futuro da área tecnológica?

Ferramentas digitais e desafios socioambientais estão no foco da atuação de engenheiros, agrônomos e geocientistas

Ferramentas digitais e desafios socioambientais estão no foco da atuação de engenheiros, agrônomos e geocientistas

Realidade  virtual,  veículos  voadores,  automação  de  máquinas,  internet  das  coisas e  cidades inteligentes.  Toda  essa  tecnologia  tem  ares  futuristas,  mas  já  é  mais do  que realidade  e  os grandes responsáveis pelo desenvolvimento de tais ferramentas são engenheiros, agrônomos e geocientistas.  O  que  separa  o  hoje  do  amanhã  é  a  transformação digital,  mas  o  que  esses integrantes da área tecnológica podem esperar então para o futuro de suas profissões?

A   missão   de   antecipar   tendências   envolve   conhecimento tecnocientífico,   inovação   e criatividade para atender às demandas da sociedade e do mercado de trabalho com a resolução dos  problemas  mais  atuais,  centralizados  em  três  principais  frentes: gestão  ambiental, populacional e climática.

“Os movimentos das Engenharias, Agronomia e Geociências já estão sendo direcionados para as questões ambientais”, comenta a diretora de Educação do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP), Eng. Agr. Andrea Sanches. Para a diretora, o cenário estimula infinitas possibilidades para o futuro da área tecnológica. “Para o profissional, é sempre uma oportunidade de aprimoramento”, diz.

A sustentabilidade é um dos principais desafios e perpassa diferentes setores, desde a cadeia de  suprimentos –com  implantação  de  estratégias  e  tecnologias  de  maior  eficiência  no agronegócio (manejo de solo, conexão de máquinas, compartilhamento de dados, softwares de monitoramento de pragas, melhoramento genético nas plantações e na pecuária) e na indústria alimentícia (máquinas em funcionamento programado, engenharias para segurança do trabalho e redução da emissão de gases do efeito estufa) –até os serviços de infraestrutura, saneamento, mobilidade, habitação, energias renováveis, entre outros.

O desafio é seguir avançando

Com a população em crescimento e o mercado em aceleração dinâmica, o profissional precisa ter um comportamento resiliente e multidisciplinar. Isso porque os produtos que nascem das soluções desenvolvidas pela área tecnológica têm origem na interação de equipes, na análise de dados e no estudo de variáveis.

“Trabalhar essa transformação não é difícil. Um profissional que consiga não só fazer o seu trabalho dentro de um grupo, mas que permita que todos os outros consigam alcançar o mesmo objetivo juntos é o futuro que vejo para a área tecnológica”, afirma o coordenador do Colégio de  Instituições  de  Ensino  Superior  (CIES)  do  Crea-SP,  Eng.  Agr.  Glauco  Eduardo  Pereira Cortez.

Para  isso,  segundo o  especialista, precisar  haver  uma  mudança  na  forma  de  ensinar,  com  o objetivo  de  envolver  os  alunos  nos  desafios  e  instigar  a  criação  de  grupos  que  busquem soluções para tais questões. “Aísim vamos conseguir realmente preparar o profissional para o futuro”, sugere.

O  espírito  de  empreendedorismo  e  as  startups  também devem ser incentivados. “Inovar não quer dizer sempre fazer algo completamente novo. Pode ser apenas fazer algo de um jeito novo, de um jeito diferente”, complementa Andrea.

Para servir de ponte nesse processo, tanto o Crea-SP quanto as entidades de classe estimulam a  capacitação contínua  e  humanizada,  além  de  promoverem  interação  entre  os  profissionais inseridos  no  Sistema  Confea/Crea,  em  ações  como  cursos,  palestras,  workshops  e  outros eventos. No    Conselho,    o    CreaLab    (creasp.org.br/crealab)    e    o    Crea-SP    Capacita (creasp.org.br/capacita)são dois exemplos de iniciativas com esse intuito.

Fonte: Comunicação do CREA-SP

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